Fibromialgia aposenta?

Conheça os benefícios do INSS para pacientes com fibromialgia

Hoje vamos conversar sobre os benefícios do INSS para pacientes com fibromialgia e descobrir se fibromialgia aposenta ou não. Além disso, vamos falar sobre o seguinte mito da fibromialgia: a ideia de que os pacientes fingem ou exageram os sintomas, a fim de obter algum benefício. O que isso quer dizer? Que a pessoa aumenta o problema para conseguir, por exemplo, afastamento do trabalho, atenção, desculpas para não precisar fazer o que não quer, e por aí vai.
Bom, que assunto delicado, não é mesmo? Como medir ou analisar a percepção de dor de uma outra pessoa? Como saber se a pimenta no olho do outro seria realmente um refresco no meu? Mas vamos começar com a questão mais prática: invalidez, afastamento ou aposentadoria devido aos sintomas da fibromialgia.

Fiz uma breve pesquisa sobre a situação do fibromiálgicos perante a lei. 

A questão é um pouco complexa, mas é sim possível se aposentar em alguns casos. Para entrar com o pedido de aposentadoria, você precisa já ter um afastamento por doença de mais de 15 dias, e precisa estar contribuindo há pelo menos 12 meses com o INSS. É ideal que você seja acompanhado por um advogado ao longo de todo o processo. O valor da aposentadoria vai depender do tempo e do regime de contribuição, e também se você é servidor público ou celetista, por exemplo.

Em muitos casos, vale a reflexão, independente da profissão: não seria caso apenas de readaptação de função? As suas limitações geradas pela fibromialgia te incapacitam de exercer a função que você exerce hoje? E se você fosse readaptado(a) para uma outra função com menos exigência física, as limitações continuariam te impedindo de exercer as atividades? Se a resposta for “sim”, então estamos diante de um caso de aposentadoria.

Quem se aposenta pode trabalhar em negócio próprio? Depende! Não é aconselhável que a pessoa que conseguiu se aposentar por fibromialgia abra uma empresa. Veja bem, se você se aposentou declarando e defendendo ser incapaz de exercer uma atividade remunerada, então, na prática, você não poderia exercer qualquer tipo de atividade, correto? Talvez seja o caso de entrar com o pedido de auxílio doença, por exemplo.

Em teoria, o portador de fibromialgia afastado pode requerer junto ao INSS o auxílio-doença, bem como a aposentadoria por invalidez no caso de constatação da incapacidade total e permanente devido aos sintomas da fibromialgia. Na prática, isso raramente ocorre, uma vez que cabe aos peritos do INSS avaliar caso a caso. Como a fibromialgia não se faz visível, e ainda não existem exames que comprovam a incapacidade, resta ao trabalhador se afastar voluntariamente do trabalho.

Considerando essa situação, por que alguém iria fingir ou aumentar sintomas de uma doença que dificilmente lhe trará algum benefício financeiro ou profissional?

Não vejo muito sentido nisso. Então, vamos ao próximo tópico: usar a fibromialgia como desculpa. E aqui eu pergunto: quem nunca usou uma desculpa esfarrapada para fugir de alguma coisa? Que atire a primeira pedra. Todos fazemos isso. Não é necessário agravar sintomas de uma doença específica para dar desculpas, nós sabemos fazer isso muito bem, mesmo com saúde. Quando a pessoa diz que está com dor, ela está com dor, e só precisa do seu respeito.

Por fim, fingir ou aumentar sintomas para conseguir atenção. Sabe o que acontece? Nós realmente queremos atenção. Queremos compreensão. Mas não precisamos aumentar sintomas, porque eles já são graves. A fibromialgia é uma doença complexa que inevitavelmente altera, em algum momento, o estado mental e emocional do seu portador. Toda pessoa em condição debilitada quer atenção, cuidado, respeito, empatia. Até onde eu sei, isso não é crime.

A questão principal aqui é: conscientemente, ninguém quer ter uma doença ou se provar incapacitado. As pessoas querem ter saúde, serem independentes, terem felicidade, serem livres. Mas infelizmente, nem sempre encontramos os caminhos diretos para isso, e tentamos, da nossa maneira, atingi-los. Nós nunca saberemos como é estar na pele de quem sofre de um mal do qual não sofremos.

E a solução para isso? Empatia, amor. Só o amor cura.

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