Fibromialgia é real?

Fibromialgia é uma doença real

A fibromialgia é uma doença bastante complexa. Há alguns anos recebi o diagnóstico, mas a lembrança de dor vem de muito antes, desde que eu era uma criança. Vivia no pronto-socorro com dores inexplicáveis, pulava de médico em médico, fazendo radiografia atrás de radiografia, fisioterapia, RPG, sem nunca encontrar a causa ou entender o que estava acontecendo.

Aos 8 anos, numa das visitas ao hospital, me lembro de ser colocada em uma cadeira de rodas – porque eu dizia que não estava conseguindo andar – e de ver minha mãe saindo da sala do médico aos prantos. Depois de alguns anos fui saber o que tinha acontecido: por não conseguir pensar em uma causa mais provável, o médico tinha sugerido a ela que eu tinha um tumor ósseo. Não, doutor. Eu não tinha um tumor ósseo. Eu tinha – e tenho – fibromialgia.

Essa falta de informação e conhecimento, mesmo pelos profissionais de saúde, é um dos fatores que dificulta tanto a vida das pessoas que tem fibromialgia. E ainda pior do que a falta de informação é o excesso de julgamento, que gera um dos grandes mitos em torno dessa condição: o mito de que a fibromialgia não existe.

As variáveis desse mito são: fibromialgia é uma doença psicológica; é frescura; é coisa de gente reclamona; é coisa da nossa cabeça, e por aí vai. Essas afirmações não ajudam em nada quem sofre com dor, e pelo contrário, agravam a situação, isolam, rotulam e subestimam o paciente. 

Veja também o artigo sobre a causa da fibromialgia

A fibromialgia é uma doença reconhecida pela OMS – Organização Mundial da Saúde, agência especializada que existe desde 1948 subordinada à ONU – Organização das Nações Unidas com o objetivo de “desenvolver ao máximo possível o nível de saúde de todos os povos”. A fibromialgia se enquadra no CID M79.7.

Além de ser reconhecida pela OMS e outras grandes autoridades, existem protocolos de tratamento e medicamentos aprovados especificamente para a fibromialgia. Um estudo para aprovação de um medicamento leva mais de 10 anos para ser concluído, e é submetido a padrões de qualidade elevadíssimos como os do FDA (agência regulatória americana), o que torna muito difícil – e improvável – a aprovação de tratamentos para doenças imaginárias.
Considerando essas informações, além do depoimento de milhares de pessoas diagnosticadas – segundo o CDC, Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, cerca de 2% da população adulta mundial sofre com a fibromialgia – é difícil entender porque alguém ainda duvida que ela exista. O fato é: ainda duvidam! Como não existe um exame que detecte a doença, ou marcadores específicos para ela, isso se agrava.

E por isso a importância de compartilhar informações como essas, para leigos e também para profissionais de saúde que ainda tem preconceito e falta de conhecimento sobre o assunto.

A fibromialgia existe. Sua dor é real!

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